
Por que o Lancestre está mudando?
O Lancestre está passando por uma transformação que reflete não só uma mudança no site, mas também uma mudança interna, na forma como escolho olhar para o mundo, para os filmes e para as relações que nos atravessam.
Quando criei este espaço, meu desejo era simples: falar sobre filmes, compartilhar informações, comentar estreias e escrever resenhas. Durante um tempo, esse caminho fez sentido. Mas, como acontece na vida, os processos de mudança são inevitáveis. Aos poucos, percebi que esse formato já não me representava mais.
O cinema, para mim, deixou de ser apenas entretenimento. Ele se tornou uma linguagem potente, capaz de abrir reflexões profundas sobre a vida, sobre a memória, sobre os afetos, sobre a natureza e sobre as relações — humanas e não humanas. Senti que precisava de um espaço onde fosse possível escrever não só sobre o que os filmes são tecnicamente, mas, principalmente, sobre o que eles fazem conosco. Como eles nos atravessam, que memórias despertam, que perguntas nos provocam e que possibilidades de transformação oferecem.
O que me move hoje não é mais avaliar se um filme é “bom” ou “ruim”. O que me interessa é perguntar: que relações este filme me faz repensar? Que mundos ele me convida a imaginar? Que memórias ele ativa? Que feridas ele toca? Que afetos ele desperta?
Por que essa mudança?
Essa mudança nasce de um desejo real de desacelerar e de construir um espaço que dialogue com quem eu sou hoje. Ela vem da necessidade de olhar para o cinema como uma ferramenta de reflexão, de cuidado e de transformação, e não apenas como mais um produto de consumo rápido.
Quero que o Lancestre seja um espaço onde possamos olhar para os filmes e pensar sobre como eles nos ajudam a repensar o mundo, as relações, o tempo, a natureza e os próprios modos de viver.
O que muda no Lancestre?
O que muda é o olhar, a intenção e a proposta. Continuo falando sobre cinema, mas agora de um lugar muito mais sensível, reflexivo e conectado às questões que atravessam minha vida e, certamente, a de muitas pessoas.
O Lancestre agora se dedica a produzir conteúdos que atravessam afetos, espiritualidade, cuidado, memória, natureza e relações. Você vai encontrar aqui:
- Críticas sensíveis, que vão além da lógica de avaliar filmes, focando no que eles nos fazem sentir e pensar.
- Análises que refletem sobre como o cinema representa, oculta ou ressignifica a natureza, os animais e as relações ecológicas.
- Textos que pensam os filmes como arquivos culturais e espaços de disputa de memória, identidade e pertencimento.
- Listas de filmes que acolhem, que provocam reflexão e que ajudam a atravessar temas como luto, recomeços, afeto, espiritualidade e relações com o mundo.
- Reflexões livres sobre como o cinema atravessa a vida, sobre o próprio ato de assistir e sobre os encontros que surgem entre imagens, memórias e experiências.
E os posts antigos?
Eles permanecem no site, como parte da trajetória que construiu este espaço até aqui. Alguns seguirão, outros serão revisados, atualizados ou reorganizados. Faz parte dos processos da vida aceitar que crescemos, mudamos e que, com isso, algumas coisas se transformam, outras se encerram e outras continuam, ressignificadas.
Para quem é este espaço agora?
Este espaço é para quem ama cinema, mas entende que os filmes são mais do que entretenimento. É para quem sente que os filmes provocam, fazem pensar, atravessam, acolhem, curam e transformam. É para quem busca uma pausa, um respiro, um espaço de cuidado e de reflexão, onde seja possível pensar sobre a vida, sobre as relações, sobre o tempo e sobre o mundo com mais profundidade e sensibilidade.
Seja bem-vinde à nova fase do Lancestre.
Aqui, seguimos pensando, sentindo e refletindo juntos — sobre o cinema e sobre tudo aquilo que nos atravessa.