A trilha sonora do filme Coringa (2019), dirigida por Todd Phillips e estrelada por Joaquin Phoenix, desempenha um papel crucial na construção da atmosfera sombria e perturbadora do filme. Composta pela islandesa Hildur Guðnadóttir, a trilha sonora foi amplamente aclamada por sua capacidade de capturar a essência emocional do personagem principal, Arthur Fleck, e de amplificar a tensão e o drama ao longo da narrativa. Neste artigo, exploraremos a importância, a composição e o impacto da trilha sonora de “Coringa”.
O Papel da Trilha Sonora do Filme Coringa na Narrativa
A música em “Coringa” não é meramente um complemento; ela é uma extensão da psique do protagonista. Arthur Fleck é um homem à beira do colapso, lutando contra uma doença mental e a alienação social. A trilha sonora reflete essa desintegração emocional, utilizando cordas melancólicas e sombrias para criar uma sensação de desconforto e vulnerabilidade.
Hildur Guðnadóttir, uma talentosa compositora conhecida por seu trabalho em “Chernobyl” e “Sicario: Day of the Soldado”, traz uma sensibilidade única para a trilha de “Coringa”. Seu uso predominante do violoncelo, um instrumento que ela mesma toca, adiciona uma camada visceral e íntima à música, conectando o público diretamente ao tormento interno de Arthur.
Composição e Temas Musicais
A trilha sonora do filme Coringa é composta por 17 faixas, cada uma delas contribuindo para a construção da narrativa de Arthur Fleck. A faixa “Defeated Clown” é particularmente significativa, marcada por tons graves e pesados que ecoam a sensação de derrota e desespero do personagem. “Bathroom Dance” é outro destaque, apresentando uma melodia que se move entre o belo e o sinistro, refletindo a transformação de Arthur em Coringa.
O uso de leitmotifs, temas musicais recorrentes associados a um personagem ou ideia, é uma técnica chave na trilha sonora de “Coringa”. O tema principal de Arthur, por exemplo, evolui ao longo do filme, começando como uma melodia triste e se transformando em algo mais caótico e dissonante à medida que ele desce cada vez mais na loucura.
Impacto e Recepção da Trilha Sonora do Filme Coringa
A trilha sonora do filme Coringa de Hildur Guðnadóttir recebeu aclamação universal, ganhando o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original, o Globo de Ouro e o BAFTA na mesma categoria. A crítica elogiou a compositora por sua capacidade de criar uma música que não apenas acompanha, mas amplifica a performance de Joaquin Phoenix.
Além de sua recepção crítica, a trilha sonora do filme Coringa teve um impacto significativo no público. A música torna-se um personagem por si só, uma presença constante que guia os espectadores pela descida de Arthur Fleck à loucura. Muitos fãs do filme destacaram a trilha sonora como um dos elementos mais memoráveis e emocionantes da experiência cinematográfica.
Influências e Colaborações
Hildur Guðnadóttir trabalhou em estreita colaboração com o diretor Todd Phillips e o editor de som Alan Robert Murray para garantir que a trilha sonora de Coringa se integrasse perfeitamente com a narrativa visual e sonora do filme. A abordagem colaborativa permitiu que a música se tornasse uma parte integral do processo de contar histórias, ao invés de ser um elemento adicionado na pós-produção.
As influências musicais de Guðnadóttir variam desde a música clássica até o avant-garde, e essas influências são evidentes na complexidade e na profundidade emocional da trilha sonora de “Coringa”. Ela trouxe uma abordagem minimalista e emocionalmente carregada que difere das trilhas sonoras típicas de filmes de super-heróis, oferecendo algo único e profundamente ressonante.
Música do filme Coringa That’s Life
A música “That’s Life” de Frank Sinatra é uma canção icônica que aparece no filme “Coringa” (Joker) de 2019, dirigido por Todd Phillips. A letra e o tom da música refletem perfeitamente o estado emocional e a jornada do personagem Arthur Fleck, interpretado por Joaquin Phoenix, enquanto ele luta com os altos e baixos de sua vida. A canção é usada de forma simbólica no filme, destacando o ciclo de dificuldades e resiliência que Arthur experimenta antes de sua transformação final no Coringa.
A canção foi escrita por Dean Kay e Kelly Gordon e foi popularizada por Frank Sinatra em 1966. Sua mensagem sobre perseverança diante das adversidades e a aceitação das voltas da vida ressoam profundamente com os temas do filme. A escolha de “That’s Life” é especialmente significativa, pois suas letras refletem a montanha-russa emocional e os altos e baixos que Arthur experimenta ao longo do filme.
Conclusão
A trilha sonora de Coringa é uma obra-prima de composição musical que desempenha um papel vital na construção da atmosfera e no desenvolvimento do personagem principal. Através do uso inovador de instrumentos, temas recorrentes e uma profunda conexão emocional com a narrativa, Hildur Guðnadóttir criou uma trilha sonora que não só complementa, mas enriquece a experiência cinematográfica.
Sua música captura a essência de Arthur Fleck e a transforma em uma sinfonia de desespero e caos, tornando-se uma parte indelével da jornada emocional que é “Coringa”. Para aqueles que assistiram ao filme, a trilha sonora permanece como um lembrete poderoso da linha tênue entre sanidade e loucura, e do poder transformador da música no cinema. Essa música aparece em um momento crucial do filme e ajuda a construir a atmosfera sombria e introspectiva que define a história de Arthur Fleck.